sexta-feira, 26 de junho de 2015

Trabalho sobre João de Salisbury e Gregório de Nissa






















FILOSOFIA POLITICA


Filosofia Medieval

PALAVRA E CRIAÇÃO: A DIVINDADE MANIFESTA PELO SER SEGUNDO A FILOSOFIA DE GREGÓRIO DE NISSA E SÃO BOAVENTURA

Dois pensadores do período medieval se destacam pela abordagem filosófica que buscam empreender em torno da linguagem, a saber: Gregório de Nissa e São Boaventura. O estudo de ambos é de extremada importância na medida em que tais pensadores puderam dar significativas contribuições nessa relação tão cara ao pensamento filosófico: filosofia e linguagem.

Mesmo tendo vivido e produzido em períodos diferentes, referir-se aos dois pensadores num mesmo texto configura-se como uma tentativa de abstrair, desses dois teóricos, reflexões que permitam reconhecê-los como autores de importantes pareceres à filosofia e à linguagem.

Gregório de Nissa (335-394) teve uma produção de caráter polêmico, doutrinal e exegético. Este presente, sobretudo, no tratado Sobre a formação do homem, considerado o primeiro tratado da literatura cristã antiga que se debruça sobre o problema antropológico. É exatamente nessa obra que encontram-se importantes considerações do teórico acerca da linguagem.

Antes mesmo de falar da linguagem propriamente dita, o referido texto trata da formação corpórea do homem. Segundo Gregório de Nissa, o ser humano, como um “instrumento” próprio para a manifestação da divindade, foi criado para consagrar ao criador, ou seja, a Deus. Por isso, o homem possui mãos, as quais permitem à boca ser “livre” para servir à linguagem.

Esse exercício linguístico é pensado por Gregório a partir da concepção de que a linguagem é a expressão do pensamento. Sob essa concepção, o teórico argumenta que a linguagem é um meio mesmo de o homem expressar o próprio Deus, ou seja, pela linguagem o homem expressa a divindade que se manifesta nele.

A linguagem, ao manifestar Deus no homem, é pensada, enquanto verbo – ou palavra – como uma potência criadora, ou, a potência divina. Assim, Deus criou o mundo e tudo o que o habita pela palavra, pelo verbo, logo, essa mesma palavra, manifesta por Deus, configura-se como a manifestação divina no homem, o que permite ao ser humano criar a partir da e pela palavra – um exercício de linguagem.

São Boaventura (1221-1274) também discute a linguagem. Este, por sua vez, a discute na obra Palavra como signo, na Recondução das Ciências à Teologia. O título da obra é muito esclarecedor, tanto pela metodologia utilizada por Boaventura quanto pelo seu objetivo, a saber: um trabalho que vise aos propósitos da escolástica, de vinculação do pensamento filosófico à teologia cristã. Em Boaventura, propriamente dito, considerando-se que a palavra seja o objeto principal da filosofia racional.

São Boaventura argumenta que o estudo da palavra deve considerar três aspectos: em relação a quem a profere, a sua enunciação e a relação a quem ouve. Referente ao primeiro aspecto, Boaventura considera que a palavra seja o signo de um conceito da mente, dessa forma, caberia à linguagem um papel de representação do pensamento – proposição idêntica à de Gregório de Nissa.

Desse modo, a palavra é a possibilidade de se tornar algo sensível para o outro. Esse aspecto defendido por Boaventura pode ser relacionado à potência criadora definida por Gregório. Pela palavra o ser humano pode criar o sensível, um meio de concretizar o que está na mente humana. Uma clara concepção de que a ideia precede à palavra. Assim, também para Boaventura a linguagem corresponde à materialização da divindade no homem.

Logo, percebe-se claramente que a concepção de linguagem utilizada, tanto por Gregório de Nissa quanto por São Boaventura é a de que a linguagem é a expressão ou representação do pensamento. Essa concepção é importante para o pensamento de ambos, pois é a partir dela que lhes será possível compreender que o homem, enquanto criatura divina, num exercício de racionalidade linguística pode deixar se manifestar a divindade.

Sendo, ainda, ambos pensadores do período medieval, não se pode negar o exercício que fazem de vinculação entre a filosofia clássica e a teologia cristã. Dessa forma, a base do pensamento de ambos é a teologia, mas com resgate de conceitos clássicos. A própria concepção de linguagem enquanto exercício da razão que permite manifestar Deus remete-se diretamente a concepções platônicas e aristotélicas. O resgate deste se dá na medida em que Aristóteles compreendia o exercício da racionalidade da alma pela virtude. Obviamente que a virtude em Gregório e Boaventura resume-se pela moral cristã. Assim, o homem, criado para manifestar a divindade, o faz pelo exercício racional da linguagem. A retomada de Platão, por sua vez, se dá na medida em que a linguagem seria uma representação apenas da mente, e não formadora dela. Logo, a mente – do plano das ideias – torna-se sensível pela palavra.

Logo, a linguagem permeia o pensamento de Gregório de Nissa e São Boaventura. A compreensão da abordagem que ambos fazem dessa relação entre filosofia, linguagem e teologia permite uma melhor apreensão de possíveis processos historicamente desenvolvidos que acabaram por delimitar, permitir, desenvolver a concepção de linguagem em si e o estudo que a filosofia faz dela.


Grupo de Estudos do Polo UAB - UFES - Filosofia

Antônio Marcos de Souza Silva
Isaías Pereira da Silva
Jefferson Diório do Rozário
José Márcio de Araujo Estançane
Nelson Morghetti Junior
Siliandro Rocha de Souza


REFERÊNCIAS:

ARISTÓTELES, Periherm., I, c. 1.
GREGÓRIO DE NISSA, De Opificio hominisPatrologiaGræca
GREGÓRIO DE NISSA (335-394). Sobre a criação do homemIn: BOEHNER, Philotheus e GILSON, Etienne. História da Filosofia Cristã. Desde as Origens até Nicolau de Cusa. Petrópolis: Editora Vozes, 2000.
SÃO BOAVENTURA. Recondução das Ciências à Teologia (trad. e posfácio de Mário Santiago de Carvalho). Porto: Porto Editora, 1996.



FILOSOFIA POLÍTICA

Introdução ao Pensamento Político de John Locke John Locke é considerado um dos pensadores mais importantes sobre a doutrina liberal. Nasceu em 1632, em Wrington. Locke sempre teve tendências para o lado liberal. Sendo que o liberalismo tem em John Locke seu primeiro teórico, com sua defesa da supremacia das leis naturais e a exaltação dos direitos do indivíduo e sua doutrina da separação de poderes.
Seu pensamento político baseia-se nos tratados que escreveu sobre o governo (1690) e em particular o segundo deles contém uma formulação dos princípios gerais do liberalismo. O ponto de partida do pensamento político liberal se encontra nas obras de Locke, surgindo com a instauração da monarquia constitucional na Inglaterra depois de um longo processo revolucionário. No primeiro Tratado sobre o Governo Locke ataca a monarquia absolutista e sua identificação com o patriarcado. Que segundo alguns teóricos absolutistas o poder real absoluto respondia a uma vontade divina. E o poder monárquico, em consequência, era intocável, já que obedecia a um mandato divino. John Locke combate em seu tratado esta paternidade primordial "Essa estranha espécie de fantasma dominante". Para ele todos os homens são iguais: Irmão é o nome da amizade e da igualdade, e não o da jurisdição e da autoridade".
Em seu Segundo Tratado Locke defende o estabelecimento de práticas políticas que não fossem contra as leis naturais do mundo. Em sua visão, o poder que não garantisse o direito à propriedade e a proteção da vida não poderia então, legitimar o seu exercício. Desta forma o governo que não respeitava esses direitos, deveria ser deposto legitimamente pelo povo. Assim segundo ele o trabalho é a origem e a justificação da propriedade. E o Contrato, é a base do governo e da fixação dos seus limites. Para ele o homem nasce sem dominar nenhuma forma de conhecimento, e somente com o passar dos anos, poderia ter capacidade de acumulá-lo. E é através deste conhecimento que ele acreditava que as mazelas produzidas pelas sociedades poderiam ser superadas pelo homem.
O reconhecimento de seu legado ocorreu ainda em vida. Ocupou cargos administrativos importantes, como o de Ministro do comercio em 1696. Chegou a ocupar o cargo de Parlamentar, onde defendeu o direito dessa instituição indicar os ministros que viessem a compor o Estado. John Locke faleceu no ano de 1704, na Inglaterra.

Laryssa Machado, Maria de Jesus Lins, Valquíria Martins, Gisele Cristina de O. Alasia.


Leia mais: http://filosofando-em-itapemirim.webnode.com/filosofia-politica/

História da Filosofia medieval

Introdução ao Pensamento Político de John Locke John Locke é considerado um dos pensadores mais importantes sobre a doutrina liberal. Nasceu em 1632, em Wrington. Locke sempre teve tendências para o lado liberal. Sendo que o liberalismo tem em John Locke seu primeiro teórico, com sua defesa da supremacia das leis naturais e a exaltação dos direitos do indivíduo e sua doutrina da separação de poderes.
Seu pensamento político baseia-se nos tratados que escreveu sobre o governo (1690) e em particular o segundo deles contém uma formulação dos princípios gerais do liberalismo. O ponto de partida do pensamento político liberal se encontra nas obras de Locke, surgindo com a instauração da monarquia constitucional na Inglaterra depois de um longo processo revolucionário. No primeiro Tratado sobre o Governo Locke ataca a monarquia absolutista e sua identificação com o patriarcado. Que segundo alguns teóricos absolutistas o poder real absoluto respondia a uma vontade divina. E o poder monárquico, em consequência, era intocável, já que obedecia a um mandato divino. John Locke combate em seu tratado esta paternidade primordial "Essa estranha espécie de fantasma dominante". Para ele todos os homens são iguais: Irmão é o nome da amizade e da igualdade, e não o da jurisdição e da autoridade".
Em seu Segundo Tratado Locke defende o estabelecimento de práticas políticas que não fossem contra as leis naturais do mundo. Em sua visão, o poder que não garantisse o direito à propriedade e a proteção da vida não poderia então, legitimar o seu exercício. Desta forma o governo que não respeitava esses direitos, deveria ser deposto legitimamente pelo povo. Assim segundo ele o trabalho é a origem e a justificação da propriedade. E o Contrato, é a base do governo e da fixação dos seus limites. Para ele o homem nasce sem dominar nenhuma forma de conhecimento, e somente com o passar dos anos, poderia ter capacidade de acumulá-lo. E é através deste conhecimento que ele acreditava que as mazelas produzidas pelas sociedades poderiam ser superadas pelo homem.
O reconhecimento de seu legado ocorreu ainda em vida. Ocupou cargos administrativos importantes, como o de Ministro do comercio em 1696. Chegou a ocupar o cargo de Parlamentar, onde defendeu o direito dessa instituição indicar os ministros que viessem a compor o Estado. John Locke faleceu no ano de 1704, na Inglaterra.

Laryssa Machado, Maria de Jesus Lins, Valquíria Martins, Gisele Cristina de O. Alasia.


Leia mais: http://filosofando-em-itapemirim.webnode.com/filosofia-politica/